Saiba mais sobre valores de crédito e taxas de financiamento de imóveis
Fazer um financiamento imobiliário pode trazer muitas dúvidas para novos compradores, afinal, são taxas e juros que variam bastante e são desconhecidas por grande parte dos brasileiros.
Neste artigo iremos falar mais sobre como conseguir um bom crédito imobiliário, quais são as taxas de juros de financiamento e as melhores formas de conseguir um financiamento imobiliário com as melhores taxas e condições.
Acompanhe!
A diminuição na taxa Selic e as menores taxas no financiamento imobiliário
Não podemos deixar de começar este artigo falando sobre a decisão divulgada em Janeiro/2020 pelo COPOM – Comitê de Política Monetária – reduzindo a taxa Selic de 4.5% para 4.25% ao ano.
Essa é uma nova mínima histórica que trouxe muitos benefícios, pois “forçou” os grandes bancos e entidades financeiras a diminuir as taxas de juros no financiamento imobiliário.
Neste ano de 2020, por exemplo, já começou a valer as novas taxas da Caixa mínima de 6.5% ao ano + TR.
O Bradesco também reduziu suas taxas para 7.3% ao ano + TR e o Itaú para 7.45% ao ano + TR.
De 2016 para cá tivemos uma diminuição na taxa de juros do financiamento imobiliário surpreendente, de cerca de 11% ao ano para 8%.
Os cortes seguidos que vieram ocorrendo na Selic fizeram o custo do crédito imobiliário cair bastante no Brasil, o que é uma verdadeira vitória para quem deseja um financiamento imobiliário.
Como funcionam as taxas de financiamento? Quais são os valores cobrados?
O financiamento imobiliário funciona como um empréstimo pessoal, ou um cartão de crédito, para exemplificar melhor.
A instituição financeira te empresta o dinheiro correspondente ao valor do imóvel à vista e você paga para a instituição o valor parcelado, com uma certa quantidade de juros.
Como cada bandeira de cartão de crédito têm sua própria taxa de juros e forma de parcelamento, cada instituição financeira responsável pelo financiamento imobiliário também tem a sua modalidade de crédito
Geralmente, instituições maiores possuem as menores taxas de juros, devido a captação de recursos da poupança que possibilita enquadrar a operação no SFH.
O que cabe a você é analisar de antemão as taxas e juros cobrados por cada instituição financeira e escolher a que se adeque melhor ao seu planejamento financeiro.
Comparativo de juros para financiamento imobiliário
Atualmente a Caixa Econômica é a instituição que possui o financiamento imobiliário com juros fixos mais baixos, sendo a média de 6.5% ao ano, porém ela cobrará outras taxas na assinatura do contrato. Mas Bancos como o Itau, Santander e Bradesco são melhores para clientes de renda média, média-alta e alta.
A Caixa também lançou uma nova linha de financiamento que tem como taxa de 2.95% a 4.95% ao ano + correção pela inflação, além das promessas na redução do valor das parcelas iniciais e a melhoria na ampliação do acesso ao crédito para os brasileiros.
Conheça mais sobre as taxas e condições de outros bancos:
Banco do Brasil
Para o modelo de financiamento que se enquadra no Sistema Financeiro Habitacional (SFH), as taxas mínimas são de 7,4% ao ano + TR.
Já a nova linha do Banco, atualizada pela inflação, está, no momento, de 3,45% ao ano + IPCA.
O limite de financiamento é de apenas 70% do valor do imóvel para clientes correntistas private e estilo.
Itaú
Para o modelo de financiamento que se enquadra no Sistema Financeiro Habitacional (SFH), as taxas mínimas são de 7,54% ao ano + TR.
O limite de financiamento é de até 82% do valor do imóvel.
Bradesco
Para o modelo de financiamento que se enquadra no Sistema Financeiro Habitacional (SFH), as taxas mínimas são de 7,3% ao ano + TR.
O limite de financiamento é de até 80% do valor do imóvel.
Santander
Para o modelo de financiamento que se enquadra no Sistema Financeiro Habitacional (SFH), as taxas mínimas são de 7,99% ao ano + TR.
O limite de financiamento é de até 90% do valor do imóvel.
Negociação e taxas adicionais
Vale ressaltar que as taxas anunciadas pelos bancos são as taxas de juro mínimas, sendo necessário o cliente negociar as taxas e aceitar uma série de condições impostas pela entidade financeira para conseguir juros mais baixos.
O perfil e renda do cliente, assim como o relacionamento do mesmo com a instituição, também auxiliam muito na conquista de juros mais baixos e condições de financiamento melhores.
Além disso, para financiamentos imobiliários realizados dentro do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), também é necessário pagar por alguns serviços e taxas adicionais, como a contratação de seguro, sendo eles dois:
- Seguro contra Danos Físicos do Imóvel (DFI);
- Seguro contra Morte e Invalidez Permanente (MIP).
Os dois seguros são pagos juntamente com as parcelas e têm como custo cerca de 3 a 5% do valor total das prestações.
Porém esses valores não são obrigatórios e podem variar de acordo com cada instituição financeira, cabendo a você escolher a empresa com seguros com taxas mais baratas e cabem melhor no seu bolso.
Além disso, na hora de escolher a instituição financeira que você pretende tomar o empréstimo para o financiamento imobiliário, pese na balança qual o sistema de amortização utilizado – se SAC ou Tabela Price -, além do pacote de serviços inclusos no contrato para garantir a taxa combinada.
Como funciona a análise de crédito para o financiamento imobiliário?
É um erro muito comum achar que é fácil conseguir um financiamento de 100% para o valor do imóvel. Isso não existe!!!
É necessário dar uma parte do valor como entrada e conseguir o valor restante através do financiamento imobiliário.
Geralmente a porcentagem média do valor total do imóvel que pode ser financiada é 70 a 80% do valor do imóvel. Porém essa porcentagem pode crescer ou diminuir dependendo da sua análise de crédito, se for positiva ou negativa, de acordo com alguns critérios:
- Se você possui ou não outro imóvel ou propriedade;
- Sua idade;
- Tipo de atividade que você desempenha;
- Sua renda mensal;
- O valor a ser pago como entrada;
- Comportamento de Pagamento e
- Endividamento no mercado financeiro
Mas, de forma geral, os bancos determinam como valor máximo a ser financiado, apenas 30% do valor do seu rendimento familiar. Isso para impedir a inadimplência e que o interessado tenha segurança de poder pagar pelo imóvel.
Porém, há algumas dicas que podem aumentar suas chances de conseguir créditos maiores e melhores condições de financiamento. São elas:
- Faça o cadastro Positivo pela Serasa Experian, Boa Vista Serviços, Quod, entre outros;
- Seja correntista no banco que você pretende conseguir o financiamento;
- Tenha sempre em mãos seus comprovantes de renda, incluindo, principalmente, o IR;
- Deposite no Banco todo o dinheiro que você ganha;
- Se for autônomo, abra uma empresa como MEI;
- Mantenha seu nome limpo;
- Utilize sites especializados em financiamento imobiliário.
Conclusão
Também é possível fazer uma simulação de financiamento imobiliário baseado na sua idade, renda e valor do imóvel.
No simulador você conseguirá ter uma ideia dos juros que serão cobrados, o tempo e o valor das parcelas a serem pagas e o valor total que o imóvel custará no final das parcelas.
O simulador auxilia o interessado a ter maior noção dos valores a serem pagos e planejar melhor o valor do imóvel que deseja comprar e em quantas parcelas é possível fazer o pagamento.
Lembre-se também de conversar com o banco escolhido e saber todos os detalhes do financiamento e negociar melhores condições. Saiba tudo que será incluso no contrato e utilize todas as informações que você adquiriu neste artigo. Para mais informações sobre todos os custos na compra de um imóvel, não deixe de conferir nosso artigo: Quais são os 4 gastos que você vai ter ao comprar uma casa.