Consórcio ou financiamento: qual a melhor opção para você?

Na hora de adquirir um bem, muitos podem ficar em dúvidas sobre as alternativas disponíveis para alcançar esse objetivo. Por exemplo, você já se perguntou se vale mais fazer um consórcio ou financiamento? Para saber escolher a melhor opção, é preciso entender o funcionamento de cada uma delas. 

Isso poderá ajudar você a identificar qual das alternativas estará mais alinhada às suas necessidades. Afinal, é preciso entender questões como prazos, custos envolvidos e outras características de cada modalidade para se planejar corretamente.

Neste artigo, você aprenderá como funcionam o consórcio e o financiamento, suas diferenças e como escolher a melhor opção para você. Continue a leitura para saber mais!

O que é consórcio?

O consórcio é uma modalidade de pagamento que funciona pela união de pessoas físicas ou jurídicas sob forma de grupo. Ele fica sob responsabilidade de uma administradora, que realizará todos os trâmites para viabilizar a compra do bem.

Uma de suas principais características é a flexibilidade: é possível encontrar grupos voltados à compra de diferentes bens ou serviços. Assim, você pode contar com um consórcio para diversos objetivos, como:

  • comprar um imóvel;
  • adquirir um veículo;
  • fazer uma festa (de casamento, ou de aniversário, ou de formatura, por exemplo);
  • custear uma viagem;
  • pagar um curso, como uma especialização;
  • fazer procedimentos de saúde ou estéticos;
  • reformar um imóvel;
  • comprar eletrodomésticos.

Como funciona?

Como você viu, o consórcio é administrado por uma empresa. Porém, a compra do bem ou serviço não acontece de maneira imediata: é preciso aguardar a contemplação, que liberará a carta de crédito. 

A liberação da carta pode acontecer por sorteios ou por lances, que funcionam como uma antecipação de parcelas. 

Desse modo, os participantes do grupo contribuem mensalmente para o consórcio, com o objetivo de arrecadar o dinheiro necessário para a contemplação de todos ao longo do tempo. Portanto, os pagamentos são usados para liberar essas cartas de crédito durante o período do contrato. 

Com a carta em mãos, o contemplado pode efetivar o pagamento à vista do bem. Ainda, o participante tem liberdade para escolher qualquer item na categoria englobada pelo consórcio.

O que é financiamento?

Para descobrir se consórcio ou financiamento é adequado às suas necessidades, é fundamental conhecer também o que é o financiamento e como funciona sua dinâmica.

O financiamento é um tipo de crédito fornecido pelas instituições financeiras para a compra de um bem específico. Nesse caso, o valor é dividido em um prazo estabelecido por contrato e, em regra, exige o pagamento de uma entrada. 

Em troca da liberação do valor, a instituição cobra juros e taxas que variam conforme o prazo estabelecido. Vale destacar, ainda, que existem diferentes tipos de financiamento, como o imobiliário e o de veículo. 

Como funciona?

No financiamento, você precisará adquirir crédito em uma instituição financeira, que fará uma avaliação do contrato antes de aprová-lo. Nesse caso, ele é sempre vinculado a um bem específico, que também será analisado no processo. 

Aqui, o acesso ao bem desejado é imediato. Porém, ele ficará em alienação fiduciária para a instituição que liberou o crédito. Ou seja, o imóvel ou veículo, por exemplo, pertencerá à instituição até que o valor seja totalmente quitado, embora a posse do bem se mantenha com o comprador. 

Quais são as principais diferenças entre essas modalidades?

Conhecendo o consórcio e o financiamento, é o momento de entender quais são as principais diferenças entre eles. Isso ajudará a avaliar qual é a alternativa mais adequada para as suas necessidades. 

Veja, a seguir, o que muda entre eles!

Taxas de juros

Em relação aos juros, é importante saber que, sobre o consórcio, não incidem juros. Taxas e custos adicionais relacionados a juros costumam ser cobrados apenas em caso de atrasos no pagamento de parcelas. 

Já o financiamento conta com juros remuneratórios, que visam pagar a instituição pela concessão do crédito.  Normalmente, os juros do financiamento são baseados em duas tabelas: a SAC (Sistema de Amortização Constante) e a Tabela Price. 

Entenda como funcionam:

  • SAC: a amortização acontece constantemente, tornando as prestações decrescentes; 
  • Tabela Price: as prestações se mantêm constantemente e são constituídas de juros e uma cota de amortização. Essas taxas se alteram inversamente ao período do financiamento.

Custos envolvidos

Apesar de não ter incidência juros, o consórcio pode contar com diversas taxas que compõem as parcelas pagas. São elas:

  • taxa de administração: visa custear a prestação de serviço;
  • fundo de reserva: protege o funcionamento de todo o grupo contra inadimplência;
  • fundo comum: é o valor recolhido (parcela) para criar um fundo destinado à aquisição do bem;
  • seguro: se contratado, ele garante o pagamento das parcelas em caso de morte ou desistência do consorciado. 

No âmbito do financiamento, o principal custo envolvido, como você viu, são os juros do contrato. Pode haver, ainda, custos com taxa de avaliação do imóvel e os seguros obrigatórios. 

Acesso ao bem

Por fim, vale destacar a diferença em relação à aquisição do bem ou serviço. No consórcio, como você viu isso não acontecerá de maneira imediata, pois dependerá da contemplação. Assim, costuma ser uma alternativa menos interessante para quem tem um prazo definido para concretização da compra.

Já no financiamento, a liberação é imediata após a aprovação do contrato. Dessa forma, essa modalidade oferece muito mais liberdade para aqueles que desejam adquirir um imóvel ou veículo, por exemplo.

Como escolher a melhor opção entre eles?

Conhecendo melhor as caraterísticas de cada opção, é preciso saber que não existe uma alternativa ideal: tudo dependerá das suas necessidades. Dessa maneira, é preciso avaliar os prós e contras de cada opção.

No caso do consórcio, como você viu, é possível observar algumas vantagens, como ausência de pagamento de entrada ou juros remuneratórios. Por outro lado, não há previsibilidade sobre a data de acesso à carta de crédito: ela pode acontecer até o término do prazo do grupo.

Ainda, os valores dos bens ou serviços desejados podem aumentar com o tempo e nem sempre os reajustes aplicados nas parcelas e na carta de crédito serão suficientes para repor a diferença. Logo, pode ser necessário complementar o valor para efetivar a compra — o que exige maior planejamento financeiro.  

Por outro lado, o financiamento oferece o benefício de liberar o acesso ao bem com muito mais velocidade e flexibilidade. A modalidade ainda oferece maior segurança quanto ao custo do bem. 

Afinal, ainda que ele se valorize durante o período de pagamento, as parcelas se manterão alinhadas ao que foi acordado no contrato.

Nesse sentido, a valorização da propriedade pode ajudar, inclusive, a compensar o custo efetivo total (CET), que pode ser mais elevado devido aos juros. Porém, como desvantagens existe a exigência do pagamento de uma entrada. 

Por fim, vale ressaltar que, na aquisição de imóveis, é possível usar o FGTS para quitar parte do montante do financiamento. 

Conclusão

Com as informações que você viu ao longo deste texto, se tornará mais fácil ponderar sua decisão e fazer uma escolha mais consciente entre consórcio ou financiamento. Lembre-se de que essa é uma decisão individual, e que exige bastante cautela.

Caso você precise de ajuda para avaliar a melhor opção para você, entre em contato conosco! A Finanz conta com profissionais qualificados que podem ajudar você nessa escolha!