Como calcular os juros de um financiamento? Aprenda na prática!

Guardar dinheiro para a realização de um sonho pode ser bastante desafiador. E dependendo do objetivo almejado, o período de acumulação de capital pode ser consideravelmente extenso. Por exemplo, comprar a casa própria, trocar de carro, fazer uma viagem internacional, etc.

Nesses casos, uma alternativa viável para alcançar os objetivos com maior rapidez é a realização de um financiamento. Atualmente, o acesso ao crédito está bastante facilitado. Porém, antes de se valer dessa alternativa, é preciso conhecer primeiro como calcular os juros envolvidos.

Tem interesse no assunto? Então acompanhe este artigo preparado pela FiNANZ para ajudar você a calcular os juros de um financiamento.

Aproveite!

Como funcionam os juros de um financiamento?

Conhecer o funcionamento dos juros de um financiamento é essencial para quem deseja adquirir um bem por meio dessa linha de crédito. Afinal, é preciso estar consciente do montante da dívida que será assumida, assim como fazer comparações entre as opções disponíveis.

Na prática, quem fornece crédito normalmente cobra uma taxa de juros para compensar o risco da operação. Além disso, os juros também servem como remuneração do fornecedor, considerando custos operacionais, a inflação do período, entre outros fatores.

Porém, ao pensar sobre os juros, é preciso entender que eles podem ser de diferentes tipos. Veja só:

Juros simples

Nos juros simples, a taxa recai de forma regular sobre o total do débito. Imagine um empréstimo de R$ 36.000,00, a ser pago em 36 meses. Com o acréscimo de juros de 1,5% ao mês, a mensalidade seria de R$ 1.015,00. Ao final, o valor total da dívida corresponderia a R$ 36.560,00.

Juros compostos

Em relação aos juros compostos, o cálculo é um pouco mais complexo. Isso porque é considerado o valor inicial somado aos juros das parcelas anteriores. Em prazos maiores, os efeitos dos juros compostos podem aumentar consideravelmente uma dívida.

Considere um financiamento de R$ 12.000,00 a ser pago em 12 meses. Se aplicado os juros compostos de 1% ao mês, o valor inicial seria R$ 1.010,00. Na segunda parcela, o valor estaria em R$ 1.020,10 (R$ 1.010,00 + 1%), a terceira R$ 1.030,30 (R$ 1.020,10 + 1%), e assim por diante.

Juros moratórios

Os juros simples e compostos, quando tratam das taxas contratuais, costumam ser remuneratórios. Afinal, tem a finalidade de remunerar a instituição que forneceu o crédito. Já os juros moratórios são aqueles previstos para os casos de atraso no pagamento das parcelas. 

Assim, a finalidade é penalizar o tomador do crédito pela demora no pagamento. Por lei, os juros moratórios são limitados a 1% ao mês ou 12% ao ano.

Qual é a fórmula para calcular esses juros?

Você sabia que muitas pessoas se valem de um cálculo equivocado quando vão calcular juros de um empréstimo? É normal que seja considerada a diferença entre o preço total à vista e o preço total a prazo. Na sequência, divide-se o percentual apurado pelo número de parcelas.

Por exemplo, imagine uma moto que custe R$ 15.000,00 à vista. Já financiada seu valor é de 24 prestações mensais de R$ 875 (total de R$ 21.000,00). Nesse sentido, a diferença apurada representa R$ 6.000,00 — ou 40% a mais na modalidade financiada.

De acordo com esse raciocínio, os juros do financiamento seriam de 1,66% ao mês (40% ÷ 24). Contudo, a fórmula correta para descobrir o percentual real de juros aplicado em um financiamento com valor fixo é a seguinte:

Valor à vista = [{1 – (1 + taxa de juros) – prazo} ÷ juros] x valor da prestação

A boa notícia a respeito desse cálculo é que você não precisa fazê-lo manualmente. O Banco Central (Bacen), visando facilitar a realização dessa conta, disponibilizou em seu site oficial a Calculadora do Cidadão. Ela permite que o cidadão informe três variáveis para, assim, descobrir a faltante.

Portanto, além dos juros, é possível saber o número de prestações envolvidas, o valor de cada parcela e o total financiado (à vista).

Utilizando os parâmetros dados no exemplo (24 meses, prestações de R$ 875,00 e valor à vista R$ 15.000,00), chegou-se a uma taxa de juros de 2,89%. Ou seja, um percentual consideravelmente superior que o resultado obtido com o cálculo simples (1,66%).

Qual é a importância de realizar esse cálculo?

Como você pode notar, saber calcular corretamente os juros praticados nesse tipo de operação é importante para que você tenha consciência do real valor devido. Ademais, algumas instituições incluem taxas além do valor financiado, aplicando juros sobre todas elas.

No entanto, muitas vezes as instituições divulgam somente o valor principal e juros simples, para que o crédito aparente ser mais atrativo. Nesse sentido, é essencial realizar esse cálculo para conferir a real taxa de juros aplicada. Isso também permitirá compará-la com outras opções do mercado. 

Como comparar os juros do financiamento?

A comparação de diferentes taxas de juros de financiamentos não é muito complexa — podendo ser utilizada a fórmula que você aprendeu. Outra alternativa é observar o custo efetivo total (ou CET) da linha de crédito consultada, pois representa todos os custos envolvidos no empréstimo.

Contudo, outras questões também devem ser observadas. Por exemplo, as condições ofertadas, eventuais garantias exigidas, o índice de correção monetária aplicado, o sistema de amortização (sistema de amortização constante – SAC ou Tabela Price), entre outros.

Como saber se há juros abusivos?

Além de aprender a calcular os juros, é preciso saber que existem situações em que eles são considerados excessivos. Porém, como não há uma tabela definindo a partir de qual percentual uma taxa é considerada abusiva, é preciso ficar atento.

Nesse sentido, vale a pena se manter informado quanto às médias das taxas de juros cobradas no mercado. O Bacen, como órgão fiscalizador do sistema financeiro, divulga essa informação em seu site

Assim, você pode consultar a média de taxas de financiamento veicular, imobiliário, cheque especial, crédito pessoal e outras modalidades de crédito. Caso verifique que o seu financiamento está acima da média do mercado, você terá duas alternativas. 

A primeira possibilidade é migrar sua dívida para outra instituição, com taxas menores. Um correspondente bancário — como a FiNANZ — pode ajudá-lo nessa jornada. A segunda é tentar reduzi-los judicialmente — o que pode demandar o serviço de um profissional nessa área.

Agora que você já sabe como calcular os juros de financiamento, poderá buscar pelas instituições com as melhores condições. Na FiNANZ, por exemplo, você pode financiar um imóvel em até 420 meses, com taxas a partir de 0,60% ao mês — vale a pena consultar as condições.

Quer ter acesso às melhores taxas de juros do mercado? Entre em contato com nossa equipe e confira!